O palhaço amargo, em frente ao espelho
velhocúmplice anunciando o defeito
Erros na máscara, maquiagem borrada,
Sorriso vermelho falso e grosseiro,
Engana a platéia e até a mim mesmo...
Tarde da noite, em frente ao espelho
O palhaço sorrí, um riso imperfeito
Tiro a pintura, dispo a alegria,
Fraude colorida é sujeira em meus dedos
O sorriso manchado, mascarado, incompleto
Sonhos desfeitos em poeira e concreto
Triste da vida, em frente ao espelho
O palhaço chora de anônimo anseio...
Onde, onde está o seu último desejo?
O chão do circo, velha cinza pintada
Todos se foram, vazia arquibancada
Sozinho no palco o palhaço gargalha...
Certo e ciente que ele mesmo é a piada.
Poema: Marcelo Simão de Vasconcelos
Música: Ana D´Araújo
Tem mais em: http://www.anadaraujo.com.br/diversos2.asp?idartigo=16
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